O Rei de Moabe contratou um bruxo para amaldiçoar Israel nos dias em que eles tentavam entrar e tomar posse da terra que Abraão recebera de Deus pela fé.
O nome do bruxo era Balaão. Ora, Balaão viera da região da Mesopotâmia até o oriente médio a fim de amaldiçoar Israel. Postou-se sobre as colinas de Moabe, hoje na Jordânia, e, de lá, viu o povo de Israel, acampado bem abaixo do monte, na larga e profunda planície que ali existe.
Tentou três macumbas, mas as três foram invalidadas. Ao contrário, para cada tentativa de amaldiçoar a boca do homem se enchia de declarações de bênçãos aos que ele fora contratado para amaldiçoar.
Então Balaão se entregou...
Um homem que cultuava “poderes espirituais” ficara impressionado com a “proteção” que repousava sobre aquele povo. Desse modo e por esta razão, “converteu-se”...
Balaão é um caso parecido com o do bruxo que se torna “evangélico” apenas em razão do poder, do sucesso, do dinheiro, das multidões, e dos privilégios políticos.
Ora, a “conversão”, carregada de uma visão tipo “Universal”, foi a desgraça de Israel!
Balaão chegou lá dizendo:
Ninguém é como vocês. Aqui está o povo de Deus. Aqui está o poder!
Assim, Israel se empolgou consigo mesmo ante o testemunho que o bruxo dera. E, em razão disso, passou a andar de mãos dadas com Balaão. Não passou muito tempo e Balaão estava dizendo a eles:
Podem fazer o que quiserem. Podem tomar as mulheres do moabitas. Elas estão loucas por vocês. Viram que eu tentei amaldiçoar, mas que Deus apenas abençoa vocês.
No dia seguinte um monte de homens de Israel estavam comendo um monte de mulheres de Moabe.
Era a Graça da proteção sendo usada como Graxa para o coito promiscuo!
Então o juízo veio!
Ora, as epistolas de Pedro e Judas falam exatamente deste tema e com o mesmo exemplo: Balaão.
Em ambas as epistolas o que se denuncia é a Graça de Deus sendo transformada em libertinagem, como Balaão induziu os filhos de Israel a praticarem.
Pergunta:
Será que algo da “teologia da Graça” de Balaão não entrou em você, agora que você se acha..., agora que você se vê como especial?
Cuidado! Tornar-se discípulo de Balaão é a tendência natural da carne quando deseja conciliar “fé” com “libertinagem”.
Leia o que Judas, o irmão de Jesus e de Tiago, o apóstolo, disse sobre o tema:
Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo: Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados!
Amados, eu estava pensando com todo o coração no que eu vos escreveria acerca da nossa comum salvação, quando me veio a certeza da necessidade de vos escrever, e também de vos exortar a batalhar pela fé que uma vez por todas foi dada aos que crêem em Jesus Cristo.
Digo isto, meus irmãos, porque se introduziram em nosso meio homens perversamente dissimuladores, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam o Único soberano e Senhor nosso, Jesus Cristo.
Devo dizer, no entanto, que já de muito antes eles estavam prescritos para este juízo!
E isto não é nada novo, pois Deus havendo salvado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu no meio deles a todos os que não creram.
Além disso, não devemos esquecer nunca que mesmo a anjos que não guardaram o seu estado original na criação, mas que escolheram deixar o lugar de sua própria natureza e dimensão, Deus tem guardado sob totais trevas, em prisões que não são feitas de tempo, até ao juízo daquele grande dia.
Também não devemos nunca esquecer de como Sodoma e Gomorra, e as cidades que existiam à volta delas, havendo-se entregue à fornicação—à exemplo dos anjos que abandonaram as suas próprias naturezas indo após outra carne—, foram também postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo que não se conta com o tempo.
Não esqueçam que tudo isto que estamos falando é por causa daqueles que transformam a graça de Deus em libertinagem.
Eles estão assumindo a mesma escolha de natureza, pois quais sonhadores alucinados, perdem de seus próprios olhos toda perspectiva de quem são na criação, e, assim, rejeitam qualquer referencia de autoridade, sentindo-se completamente sem absolutos, eles vituperam dignidades—e a dignidade de qualquer existência tem que ser reconhecida pela outra forma de existência.
Um exemplo extremo disto é o arcanjo Miguel, que quando disputava com o diabo, e contendia a respeito do que aconteceria ao corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra o próprio diabo, mas pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!—mostrando-nos quem é a Única autoridade.
Jamais esqueçamos que falamos daqueles que tentam transformar a graça de Deus em orgia, pois, falam daquilo que pensam que sabem, porém não sabendo, isto faz com que falem maldades acerca do que não conhecem—que é a genuína Graça de Deus.
A tentativa de manipular a graça de Deus e tentar transformá-la naquilo que ela não é, é o que faz tais pessoas perderem até mesmo aquilo que pelo bom senso se conhece, tornando-se assim seres brutos, sem razão e insensíveis...que como irracionais se corrompem...e vão sempre em busca de mais libertinagem...
Eles não conhecem limites nem no próximo e nem em Deus! E que pena! Eles sofrerão muita dor!
De tal sorte que se pode dizer “Ai deles!”, pois não são inconscientes no que fazem.
Infelizmente o que aconteceu é que eles entraram pelo caminho de Caim, que invejava a seu próprio irmão; e tomados de cobiça e pela sede de poder, foram levados pelo engano do prêmio de Balaão; e acabaram perecendo na revolta de Coré contra a eleição na graça, pois foi Coré e os seus os que não aceitaram a graça do dom de Deus dado a Moisés.
E saibam disso: essas pessoas vivem entre vocês. São exaltados e se auto-exaltam entre vocês. Mas aos olhos de Deus eles são como manchas nas festas de amor de vocês.
Eles vivem se banqueteando sem recato e pudor. Não cuidam da alma de ninguém. São pastores de si mesmos. Eles perderam todo e qualquer temor de Deus.
O vento que neles sopra como se nuvens sem água eles fossem, não é outro se não o vento de seus próprios desejos.
Sim, são como nuvens sem água, levadas pelos ventos de um lado para o outro.
O ser deles é infrutífero para eles mesmos. Por dentro são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas...
Se os víssemos por dentro veríamos ondas impetuosas do mar, que escumam o seu próprio lixo, de modo que aquilo que está no profundo vem à tona.
Como não são gratos a Deus por sua graça, não respeitam nada. Falam em graça...mas para eles a graça de Deus significa permissão para serem infrutuosos em Deus.
É por esta razão, que eles são como estrelas errantes, e que cairão, cairão, cairão...cada vez mais profundamente, para a sua própria dissolvência em eterna escuridade...eles não querem aceitar o centro gravitacional de tudo—a autoridade de Deus—, portanto, terão sua própria eterna existência interior como punição: soltos...soltos...estrelas que não sabem onde é em cima nem em baixo.
Esses seres existem sobre a terra...
E foi acerca da escolha deles que profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo:
Eis que é vindo o Senhor com milhares de suas miríades e miríades de seus milhares, a fim de trazer a luz do juízo sobre todos!...
De tal modo que a luz os condenará, pois revelará seus seres...e assim se saberá que todos os atos de impiedade e falta de misericórdia que eles praticaram...essas mesmas coisas fez Deus que voltassem eternamente para eles.
Eles terão total convicção disto!
Apesar de sua libertinagem eles são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas vontades, intenções e cobiças compulsivas, eles se tornam arrogantes também no que falam, mas causam em muitos a impressão de serem autoridade.
Afinal, eles dizem apenas o que todos querem ouvir!
Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo!
Lembrem que eles vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam conforme suas auto-justificadas compulsões, escondidos sob o disfarce de ovelhas.
Mas é possível identificá-los. Eles é que causam divisões na vida e no corpo de Cristo. Arranjam sempre um pretexto espiritual, mas o que há é paixão total pelos seus próprios egos—paixão essa que eles atribuem erroneamente e conscientemente ao Espírito da Graça.
Nunca esqueçam: eles são os que tentam transformar a graça de Deus em libertinagem, eles são dissimuladores, eles são mestres na arte da manipulação, são suas únicas próprias referencias para a vida e, por isso, receberão como pagamento por serem quem são, a permanente existência no estado que escolheram ser.
Este será o seu próprio castigo.
Vocês, todavia, amados, prossigam sendo edificados e edificando-se na fé santíssima, na graça de nosso Senhor Jesus Cristo. E prossigam crescendo no amor de Deus em seus corações, pela manutenção de um estado de permanente oração no Espírito Santo.
Assim, vos digo:
Considerem-se uns aos outros no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna!
Tenham sempre misericórdia de quem está na dúvida.
Tratem a cada um deles com todo discernimento e carinho.
Desse modo gracioso alguns serão salvos e passarão a odiar até mesmo aquilo que um dia guardaram como aroma romântico dos melhores dias de suas próprias equivocadas ignorâncias, pois, terão sido alcançados pela graça do arrependimento. Então, até as memórias dos odores das roupas que lembravam o que agora a alma passou a chamar de contaminação, serão queimadas no fogo do esquecimento...pois estão perdoadas.
Ora, louvem Aquele que é poderoso para guardar vocês de tropeços, e apresentar vocês irrepreensíveis em Sua graça e justiça, com alegria, perante a sua própria glória!
Ele é o Único: Deus sábio, Salvador nosso!
A Ele seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre!
Amém.
Ora, tudo isto tem a ver conosco, não com “eles”, pois, hoje, NÓS SOMOS ELES!
Nele,
Caio
2 de fevereiro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
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