Devocional para 18 de outubro de 2025

 

Davi escreveu essas palavras quando estava no deserto — fisicamente e emocionalmente. Ele havia perdido o palácio, os amigos e a segurança. No entanto, em meio à aridez, descobriu algo que o deserto não podia roubar: o amor de DEUS. Quando tudo ao redor parecia seco, esse Amor se tornou como um oásis em sua alma. E é curioso — muitas vezes só percebemos o valor do amor de DEUS quando tudo o mais nos falta.
Nós podemos imaginar a cena de Santo Agostinho em seus anos de juventude, buscando incansavelmente satisfação nos prazeres e filosofias humanas. Ele era um homem brilhante, mas sua alma estava inquieta, sempre sedenta por algo maior que o mundo podia oferecer. Ele procurava amor, fama, verdade e completude, mas todas as fontes que bebia deixavam-no mais vazio. Foi em seus escritos que ele resumiu a experiência humana: "Fizeste-nos para TI, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousa em TI." Agostinho percebeu que a busca por plenitude fora de DEUS é como procurar água num deserto: o alívio é temporário ou inexistente. Essa sede intensa por algo que só o CRIADOR pode dar é a mesma que o salmista sentia, não no palácio, mas no deserto da Judá, fugindo de inimigos.
Nada neste mundo pode preencher o vazio que só o Amor de DEUS ocupa. Sucesso, reconhecimento ou afeto humano não se comparam à graça de ser amado por AQUELE que não muda. Quando entendemos isso, nosso coração encontra descanso — porque mesmo que o cenário continue árido, dentro de nós há fonte que nunca seca.

"SENHOR, que o TEU Amor seja o meu sustento em todos os desertos. Que eu nunca procure em outro lugar o que só encontro em TI. Enche-me da TUA presença e da TUA paz. Amém."

Márcio Melânia

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