Pr. Walmir Vigo Gonçalves
“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”
(Provérbios 14:12 RC)
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.”
(Prov. 22:6 RC)
“Certa vez, desejando um agricultor pegar um bando de grous que estava dizimando as suas plantações, colocou, em um determinado ponto dos canteiros de soja, armadilhas em forma de redes.
Não tardou muito a que ficassem presos nas redes alguns grous e uma cegonha.
A cegonha, então, rogou ao agricultor que a soltasse, uma vez que era uma ave inofensiva que só comia peixinhos e mariscos, não causando, assim, danos aos campos de soja.
O agricultor, todavia, foi impiedoso e não atendeu ao angustiante apelo da cegonha para a sua libertação, justificando a sua atitude no fato de que a cegonha procurara juntar-se a más companhias, que tantos danos já tinham causado à plantação.”
Más companhias! A sociedade em que hoje vivemos está cheia delas. A moral está a cada dia sendo mais deturpada; anda em baixa. E muitos há que estão tendo a sua moralidade deturpada devido às más companhias que não são, necessariamente, escolhidas, mas que estão escolhendo e seduzindo para o mal caminho, no sentido geral, os “pequenos homens” e “pequenas mulheres”, as crianças e adolescentes. E isso tem sido motivo de dor de cabeça para muitos pais. As nossas crianças se enveredam, muitas vezes, por esses caminhos pensando ser “coisa boa”, mas, como lemos em Provérbios: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”
Talvez muitos aqui já estejam preocupados, porque são pais destes meninos e meninas que estão “adolescendo” e, inevitavelmente, vão ter como companhias na vida pessoas que não são conhecidas de seus pais, e não estão sob seu controle.
O que fazer? O ensino de longo prazo é a resposta. Ensine-lhes exaustivamente valores éticos, morais, sociais e espirituais elevados, pois só assim eles terão como confrontar os valores deturpados que o mundo tem apresentado, muitas vezes na tentativa de lucrar com a desgraça de vossos filhos e filhas.
Vejamos alguns bons valores que devem ser ensinados aos filhos.
Primeiramente, ensine-lhes o valor do trabalho
“Um senhor bastante idoso possuía uma bem cuidada e primorosa chácara, que era objeto de frequentes comentários de seus vizinhos.
Um deles, mais curioso, perguntou-lhe:
- Irmão Samuel, ouvi deizer que a viçosa produção de sua horta é devida às fervorosas orações que o amigo dirige ao Senhor. É Verdade?
- Sim – respondeu o velho agricultor – mas nunca rogo ao Senhor chuvas copiosas e uma excelente colheita sem antes empunhar a minha enxada.”
Os jovens de hoje estão muito acostumados às facilidades, mesadas gordas, jeitinhos, ociosidade, etc. é preciso ensinar-lhes, desde cedo, através de impor-lhes algumas responsabilidades (em casa, por exemplo), a trabalhar com diligência, a terem alvos elevados na vida e persistência em alcançá-los.
Isso dá trabalho para os pais; é demorado, mas é necessário. Os exemplos, tanto positivos quanto negativos, estão aí para observarmos.
Em segundo lugar, ensine-lhes o valor da honra pessoal
Provérbios 22.1 diz que “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas...”
Uma boa reputação tem um valor inestimável; permite à pessoa andar ereta, olhando os outros nos olhos, sem vergonha ou culpa. Uma boa reputação não pode ser roubada e não se esvai com o tempo, pelo contrário, fortalece-se e solidifica-se.
A qualquer momento da vida em que o indivíduo descobre o valor da honra pessoal e a exercita, isso resultará em lucros, não necessariamente financeiros (e às vezes até financeiros). O melhor lucro é o lucro moral.
Zaqueu foi um homem que, em redescobrindo o valor da honra pessoal, lucrou muito moralmente, e até espiritualmente.
Uma pessoa pode descobrir, por si mesma, em dado momento da vida, o valor da honra pessoal, mas é muito melhor aprenderem isso desde cedo com os seus pais.
Em terceiro lugar, ensine-lhes o valor das boas amizades e de ser um amigo leal
Provérbios 27.10 diz: “Não abandones o teu amigo... Melhor é o vizinho (amigo) perto do que o irmão longe”
Este versículo não menospreza o irmão que está distante; apenas valoriza o amigo próximo.
É Preciso ensinar as crianças a valorizarem a amizade e a serem amigos leais. Porém, é necessário orientá-los também que há algumas amizades que pervertem o caminho, e que estas não devem ser cultivadas.
As boas amizades e a lealdade nas amizades pode evitar uma série de transtornos para os pais, e, principalmente, para os filhos. Se você sabe que seu filho é um bom amigo e tem boas amizades, você fica mais tranqüilo. Uma boa amizade tem poder até de evitar o enveredamento em caminhos que você não quer para o seu filho. Exemplo disso temos em nossas igrejas. Quando as amizades dos adolescentes são os da igreja, que estão sendo ensinados todos de um mesmo ponto de vista, eles se desenvolvem e se socializam, EM GERAL, sadiamente. Mas, se algum foge para “outras amizades”, pode “se perder” com mais facilidade.
Além desses, você deve também considerar e ensinar o valor da castidade pré-matrimonial, da lealdade no casamento, da hospitalidade, do perdão, do amor, da comunicação na família, da verdade, do equilíbrio financeiro, etc.
Mas, mais importante que ensinar falando sobre essas coisas, é ensinar sendo exemplo – Este fala mais alto.
“Uma tarde, quando voltava do trabalho, um pai encontrou seu casal de filhos numa ardente rixa com troca de ásperos desaforos. Questionados sobre o que estava acontecendo, responderam:
- Nada! Só estamos brincando de pai e mãe!”
Concluindo
“Na Pensilvânia há uma enorme estátua, com 36 metros de altura, em homenagem a Willian Penn, seu fundador.
Para assegurar a proteção à circulação aérea, a gigantesca obra é iluminada à noite.
Assim, quando as aves fazem o seu vôo migratório da primavera, para o sul, é comum serem encontradas, pela manhã, na base da estátua, inúmeras aves mortas pelo impacto cego contra o monumento.
Especialistas do Jardim Zoológico, após cuidadoso exame das aves mortas, chagaram à conclusão de que eram exemplares jovens, e que provavelmente ainda não tinham participado de jornadas noturnas anteriores.
Os espécimes mais velhos conheciam bem os obstáculos da rota e sabiam como evitá-los.”
Este fato ensina-nos a necessidade que os mais jovens têm, de contar com um guia seguro, que conheça bem os tropeços e armadilhas da estrada da vida. os pais precisam ser esses guias que irão conduzir com sabedoria e prudência seus filhos na exaustiva caminhada da vida.
Espiritualmente falando, os pais crentes têm o dever de fazer tudo o que puderem para fazer com que seus filhos encontrem o caminho que os levará ao céu: Jesus.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6 RC)
Fontes desse estudo:
þ Manancial de Ilustrações
þ Revista Pontos Salientes de 1990 (JUERP)
þ Revista Vida Cristã de 1 Trimestre de 1993 (Congregacional)
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